O panorama digital no Brasil é uma das questões que têm chamado a atenção das autoridades e especialistas em tecnologia nos últimos anos. Recentemente, o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Artur Coimbra, trouxe à tona uma preocupante estatística: apenas 24% dos brasileiros possuem habilidades digitais básicas. Em outras palavras, menos de um quarto da população tem conhecimentos mínimos para tarefas como anexar documentos em e-mails ou baixar aplicativos. Essa realidade, segundo Coimbra, coloca o Brasil em uma posição desfavorável em relação a outros países e exige ações imediatas para reverter esse cenário.

Atraso em relação à América Latina e OCDE: Os dados alarmantes apresentados por Artur Coimbra baseiam-se em informações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo esses números, o Brasil está significativamente atrás de outros países. Enquanto a média de habilidades digitais básicas na América Latina é de 29%, o Brasil registra apenas 24%. Adiferença fica ainda mais evidente quando comparada à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde a média é de impressionantes 64%. É crucial entender que a falta de habilidades digitais básicas pode limitar o acesso a oportunidades educacionais, profissionais e sociais em um mundo cada vez mais digitalizado.

Além da falta de habilidades digitais básicas, o Brasil também enfrenta um déficit quando se trata de habilidades digitais intermediárias. Apenas 11% da população brasileira possui essas habilidades, enquanto a média na OCDE é de 40% e na América Latina, de 21%. Esse cenário reforça a necessidade urgente de ações voltadas para a educação digital no país.

A falta de habilidades digitais básicas e intermediárias representa um desafio significativo para o Brasil, afetando a inclusão digital e o desenvolvimento econômico. A Anatel reconhece a importância de parcerias com empresas privadas para melhorar a educação digital e, assim, elevar o nível de conhecimento da população brasileira em relação ao mundo digital. É crucial que o governo, a sociedade civil e o setor privado trabalhem juntos para superar essa lacuna e garantir que todos os brasileiros possam participar plenamente da era digital em constante evolução.